domingo, 18 de janeiro de 2015

Sempre quis ser Jedi


    Toda criança tem aquela fase do ''quero ser''. Às vezes nem é um desejo real, algo que venha do fundo do coração, mas sim uma vontade simples de descobrir e conhecer coisas novas. Bombeiro, astronauta, modelo, jogador de futebol... todas as vontades se mostram, em maioria, passageiras. Conforme a criança cresce e vai evoluindo como indivíduo, as ideias infantis tendem a ser esquecidas (o que é uma pena, vamos combinar). 
   Teve uma época em que eu ''quis'' ser fiscal de rendas. Eu juro que eu não fazia a menor ideia do que isso significava, mas acho que gostei da sonoridade, parecia algo importante e eu queria fazer coisas importantes.
    É aquela história, era coisa de criança. Depois de enjoar dessa ideia, descobri que as pessoas que escreviam seus pensamentos em folhas de papel tinham nome e profissão próprios, os escritores. Foi só ficar sabendo dessa informação que eu logo decidi: "quero ser escritora". Veja bem, na minha cabeça, passar tanto tempo como eu passava inventando e elaborando textos nas folhas que sobravam dos cadernos da escola só podia indicar que eu era uma grande candidata para ocupar esse cargo no futuro. Passaram-se uns 12 anos e ainda não mudei de opinião, na verdade, acrescentei minha amada biblioteconomia no meio disso tudo. 
    Mas, enfim, na minha mentalidade infantil de vários anos atrás, profissão boa mesmo era ser Jedi. Tenho que confessar que meu pai tem grande influência e participação nisso, mas não vou colocar a culpa toda nos ombros dele. Aprender uns truques psíquicos pra controlar a mente das pessoas fracas devia ser tão legal. Sem contar nas acrobacias e saltos que eles usavam durante as batalhas, era como se a gravidade não atrapalhasse um Jedi (a mesma gravidade que me prende no chão e me impede de voar, outro sonho impossível da minha infância). Lutas com Sabres de Luz faziam meus olhos brilharem, acreditem ou não. 
    Viajar galáxias e conhecer um monte de planetas com culturas e costumes diferentes era só um bônus, isso até que era algo bem comum pros Jedis, eles até já deviam estar acostumados com tanta diversidade, porque tratavam todas com naturalidade e respeito. Não importa se você é um Wookiee ou um Ewok, vamos todos nos unir e lutar juntos pelo nosso objetivo maior. É ou não é uma filosofia invejável? 
    Não vou nem comentar que viver num universo que possui a melhor trilha sonora de todos os tempos é outro fator que incentivava muito o meu eu de oito anos a sonhar com a possibilidade de ser Jedi. Eu não ligaria de viver num mundo onde no lugar de dizer "tchau, Fulano, até logo", a gente simplesmente fizesse uma cara séria e dissesse "que a força esteja com você". Dá um tom dramático perfeito, não acha?
   O fato de eu ser uma criança que tinha a tal da imaginação fértil me ajudava a imaginar isso tudo. Aliás, ser criança tem muito disso, imaginar.  
    No fim, a gente cresce, muda e vira praticamente uma nova pessoa, totalmente diferente. Alguns sonhos ainda sobrevivem, esses são os fortes, e geralmente são eles que dão aquela energia quando a gente acorda todas as manhãs. Eu gosto de pensar que algum dia vou conseguir terminar algum livro que comecei a escrever, gosto de pensar que vou trabalhar pra sempre com livros e informação no geral, gosto de pensar que fiz escolhas certas. E talvez eu tenha feito mesmo. 
    








sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Feirinha do Livro - Rio de Janeiro!

    Oi, gente! Tudo bom com vocês?
    Lembra que no último post eu contei da feirinha de livros que está tendo no centro do Rio de Janeiro? Então, como ainda está tendo essa feirinha, resolvi fazer um post mais completo sobre ela. 
    Como eu disse antes, ela fica perto da Praça XV, no Centro da Cidade, na mesma rua do Tribunal de Justiça. Algumas barraquinhas estão com preços muito bons, de R$5,00 a R$10,00. Até agora fui lá umas três vezes, já que é caminho pra minha casa, e encontrei várias coisas legais. 

    Confesso que achei ela bem completa dessa vez. Várias opções de preço e bastante variedade. O tamanho também aumentou desde a última vez que a visitei, no Largo da Carioca. 


   Se você tiver paciência e tempo, vale a pena dar uma boa garimpada nas barraquinhas de livros a R$5,00, porque vai que você encontra AQUELE livro que você queria tanto a um preço muito camarada. Eu recomendo também que, se puderem,vão mais de um dia, porque tá sempre chegando coisa nova.


    Das vezes que eu fui, trouxe esses quatro livros pra casa. Todos entre R$5,00 e R$15,00. Reparem que No Coração da Floresta, da editora Bertrand é um livro bem recente, estava em ótimas condições e paguei baratinho! Sem contar nos livros da Sociedade Secreta, da Galera Records, que são super caros e foram verdadeiros achados no meio de tantos títulos.


    Então, gente, era só isso mesmo que eu tinha para contar. Espero que possam dar uma passadinha lá pela feira e consigam encontrar ótimos livros! Se você já foi, conta o que achou de bom por lá, vou adorar saber! 



quinta-feira, 30 de maio de 2013

Contos de Fadas - O que nos fascina tanto?

    Era uma vez, numa terra longínqua... 

   Quantas histórias não começam dessa forma? Principalmente aquelas que ouvimos na infância, onde tudo se resumia a magia, fadas e castelos. As crianças tendem a gostar mais desse tipo de história fantasiosa, mas nada impede que ainda gostemos dessas histórias quando crescemos, como acontece comigo. 

     O que muita gente não sabe é que os famosos Contos de Fadas, escritos faz tanto tempo, são muito mais sombrios e misteriosos do que aparentam.  Levando em conta a própria época em que a maioria deles foram escritos, como Branca de Neve, Rapunzel e Bela Adormecida, escritos por Jacob e Wilhelm Grimm, em pleno século XIX, tinham uma ambientação e plano de fundo bem assustadores, com direito à muitas bruxas e maldições pra dar aquele toque especial ao enredo. Ora, naquela época, era por meio de contos e fábulas que as crianças aprendiam o que era certo e errado, o medo que lhes era imposto através das histórias e os ensinamentos passados pelas tantas lições de moral eram seus parâmetros de conduta. "Não abra a porta para estranhos, seja quem for, lembra do que aconteceu com a Branca de Neve?", e assim vai.


    Das histórias fantásticas que lemos, os seres que mais me encantam, com certeza, são as fadas. O mito das fadas e criaturas da floresta são originários da Europa Ocidental, e sua primeira aparição na literatura foi durante a Idade Média, mesmo sabendo que o mito já existia bem antes dessa época. Os seres encantados são associados à beleza e aos talentos da música e da dança, sendo quase sempre representados se divertindo de noite na floresta, além de possuírem diversos tipos de dons sobrenaturais.
    Já sabia, também, que em muitas culturas as fadas tem a fama de serem maldosas e cruéis, e seus contatos com os seres humanos se dariam apenas para se divertirem enquanto os importunavam. Mas eu ainda gosto delas, mesmo assim.


    São histórias tão antigas quanto à humanidade, muitas certamente se perderam com o tempo e a evolução das sociedades, mas temos sorte de tantas delas ainda terem conseguido chegar até nós. A teoria mais forte sobre da onde surgiram tantas histórias diferentes e mitos tão diversos é a origem religiosa. Cada sociedade possuía suas próprias crenças, e dentro das crenças as histórias iam surgindo, até que o fundo religioso perde espaço para a fantasia. 
   Eu, como viciada em contos de fadas e tudo o que for relacionado a eles, sinto falta de boas histórias atuais sobre o tema, mesmo adorando os livros Tithe (Holly Black), Terrível Encanto (Melissa Marr) e O Rei do Ferro (Julie Kagawa), ainda sinto que o tema não é tão explorado quanto poderia ser, e sem dúvidas há um mar de possibilidades por trás dos inúmeros contos que temos aí. 

   

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Como enviar livros pelo correio?



  Já queria fazer um pequeno texto pra ajudar as pessoas que - como aconteceu comigo - começaram a mandar livros pelo correio e não tinham ninguém pra dar umas dicas. Espero que sirva pra ajudar em alguma coisa.
  A forma mais simples e barata de enviar livros pelo correio (dúvida comum principalmente de quem é iniciante no SKOOB, e deseja mandar seus livros seja pelo sistema PLUS ou pelo Livro x Livro) é mandá-lo como Impresso Registrado.
  O livro, sendo enviado como Impresso, é pesado numa balança e de acordo com seu peso,  é dado o valor de envio. Pode-se ver nessa tabela [http://www.correios.com.br/precosPrazos/precosPrazosNacionais/impresso.cfm] a relação peso/preço fornecida no site dos correios. 
  Uma coisa muito importante é fazer o Registro Módico do livro, que é usado para rastreá-lo e para que diminuam as chances dele se ‘perder’ no meio da entrega. O valor é de R$1,40 (não sei se muda de acordo com a região em que se mora, mas no RJ o valor é esse), e ao fazê-lo, vem registrado na notinha um código de rastreamento, que você pode conferir no próprio Skoob (no caso da troca ter sido feita pelo plus) ou pode inserir o código no site dos Correios [http://www.correios.com.br/servicos/rastreamento/rastreamento.cfm].
  Se achar necessário - ou se for uma pessoa muito precavida - também pode pedir o Valor Declarado, que corresponde a pagar 1% do valor correspondente ao livro - por exemplo: Se declarar que o livro que você está enviando custou R$50,00, você pagará 1% deste valor para o caso dele extraviar, se perder ou sofrer algum dano no meio da entrega. Assim você é ressarcido de seu prejuízo. 

  Para evitar de ter que deixar um dos lados de seu pacote exposto -o livro deve ser embalado em papel pardo-, como fui instruída a fazer pelos funcionários do Correio, que explicaram que para se enviar um livro como Impresso deve-se deixar um dos lados do pacote ‘aberto’ para que eles possam ‘ter certeza’ de que é mesmo um livro e não outra coisa qualquer, basta escrever na parte da frente do pacote “Impresso Fechado, pode ser aberto pela ECT”, o que deixa o livro mais protegido, e lá eles fazem uma pequena abertura para verificação.





  Algumas fotos do livro embalado em papel pardo e pronto para ser enviado como Impresso  Registrado
  Nome e endereço do Destinatário na parte da frente do pacote, junto com o aviso de ser um Impresso Fechado (verifique se na sua cidade/estado é necessário algum tipo de requerimento para ter permissão de enviar desse modo). Na parte de trás vão o nome e endereço do Remetente. 


domingo, 6 de janeiro de 2013

Uma trágica história sobre escrever histórias



   Se eu for contar quantas vezes escrevi "Capítulo 1" em toda minha vida, ficaria decepcionada em perceber que de todas elas, só consegui finalizar uma. E que nessa única vez, eu deletei ferozmente cada palavra que escrevi, simplesmente por achar que tudo estava horrível e que seria uma vergonha dar uma coisa dessas pra outra pessoa ler. 
   O engraçado é que geralmente quando começo alguma história nova, parece que finalmente "vai dar certo dessa vez", e enquanto eu ainda tenho empolgação e ainda me sinto inspirada realmente as coisas vão bem. O problema é quando escrever todos os dias já não parece tão importante, quando você se esquece de pensar no que vai acontecer no próximo capítulo enquanto está no ônibus, quando a história ainda está em você, mas você não está mais na história. Uma coisa assim, de doido.
   Quando se chega na página 100 e se percebe que precisa mudar ou acrescentar muita coisa pra que se possa continuar sem que fique tudo uma confusão de ideias perdidas é que bate aquele desespero, aquele "não vou conseguir de novo". E aí, jogo tudo pro alto, completamente desmotivada.
  Já tentei escrever de tudo um pouco: sobrenatural, contemporâneo, futurista, medieval... Desisti de vários, mas insisto em alguns até hoje. Talvez eu seja muito exigente, mas acho que isso é o mínimo que preciso ser pra não fazer as coisas de qualquer jeito. No momento, vou realmente tentar me focar em um trabalho só, sem ficar pensando nos outros - muitos - que abandonei. Tomara que o próximo "Capítulo 1" que eu escrever, seja finalmente uma continuação de um "Fim" de alguma história completa.